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terça-feira, 15 de maio de 2012

Vinhos & Saúde: Álcool, Taninos, Flavonóides, Catecinas, Resveratrol, ETC.


                                                            Um pouco da História  
Desde a antiguidade, o vinho apresenta –se intimamente ligado à evolução da medicina, desempenhando sempre um papel principal.
Os primeiros praticantes da arte da cura, na maioria das vezes curandeiros ou religiosos, já empregavam o vinho como remédio.
Papiros do Egito antigo e tábuas dos antigos Sumérios (cerca de 2200 a.C). Já traziam receitas baseadas em vinho, o que o torna a mais antiga prescrição médica documentada.

                                                          O Pai da Medicina 

O grego Hipócrates (cerca de 450 a.C.). Tido como o pai da medicina sistematizada, recomendava o vinho como desinfetante, medicamento, um veículo para outras drogas a parte de uma dieta saudável.
Para ele, cada tipo de vinho teria uma diferente função medicinal.
                                         
Medicina Romana e Judaica.

Galeno (século  II d.C.), o mais famoso médico da Roma antiga, empregava o vinho na cura das feridas dos gladiadores, agindo este como desinfeta.
Também os Judeus antigo tinham o vinho como medicamento. Segundo o Talmud, “sempre que o vinho falta, a medicina torna-se –á necessária”.
                                 Século XI, descobre se a dieta e a saúde do vinho

Foi na Universidade de Salermo (Itália), fundada no século XI, que a importância do vinho sobre a dieta e a saúde foi codificada. Lá, correntes clássicas e Árabes se fundiram, fornecendo as bases da medicina européia.
O “Regime de Salermo” especificava “diferentes tipos de vinho para diversas constituições e humores”.



                       Álcool, Taninos, Flavonóides, Catecinas, Resveratrol, ETC.

Há muito sabe-se que o álcool, consumido em pequenas doses regulares, traz benefícios para a saúde. Estudos epidemiológicos mostram que o álcool presente no vinho, cerveja e destilados pode diminuir a mortalidade por infarto do miocárdio, isquemia cerebral etc. Entretanto, o vinho é quem mais desperta interesse dos cientistas por apresentar, além do álcool, diversas substâncias antioxidantesem sua composição. Entre os mais de 1000 compostos encontrados no vinho, os polifenóis (flavonóides, taninos, catecianas, resveratrol etc.) são os mais estudados.
                                                                 
                                                              Polifenóis
Os polifenóis, derivados de várias plantas, são os antioxidantes mais encontrados em nossa dieta. De acordo com sua origem, apresentam diferentes estruturas químicas. Atualmente, vários estudos têm demonstrado que o resveratrol, um antioxidante natural presente em vinhos tintos e brancos, está associado  com os efeitos benéficos do vinho na doença coronária. Além disso, em laboratório, o resveratrol tem mostrado efeito protetor contra o câncer, embora estes resultados ainda não tenham sido demosntrados na prática clínica. Também controversa é a hipótese de que os flavonóides parecem mostrar um efeito protetor contra doenças cardiovasculares, atuando sobre o LDL (colesterol ruim).
                                                  
                                                   Vinho e Saúde: Alguns Fatos

Doenças respiratórias: experimentos recentes têm demostrado que o vinho é capaz de reduzir as chances de uma infecção pulmonar, sendo mais eficaz que alguns antibióticos modernos.
Há vários seculos, já recomendava “um pouco de vinho para a saúde do estômago”. Hoje, sabe-se que o consumo moderado de vinho está associado a uma menor incidência de úlcera péptica por uma série de razões: alívio do estresse, inibição da histamina, ação antimicrobiana contra o Helicobacter pylori, bactéria implicada na gênese da úlcera duodenal. Por atuar sobre o colesterol, o vinho parece reduzir as chances de formação de cálculos no interior da vesícula biliar.

Doenças do aparelho urinário: Estudos mostram que o vinho é capaz de reduzir em até 60% o risco de formação de cálculos urinários, ao estimular a diurese.

Diabetes; o vinho consumido de forma moderada a sensibilidade das células periféricas á insulina, sendo interessante nos pacientes com diabetes tipo 2 (não insulino-dependente).Além disto, o vinho reduz as chances de morte por infarto do miocárdio em pacientes com diabetes tipo 2. Em mulheres, um estudo mostra que o vinho pode reduzir as chances de surgimento de diabetes.

Sangue e anemia: O álcool ajuda o organismo a absorver melhor o ferro ingerido nos alimentos. Além disto, um copo de vinho tinto contém, em média 0,5mg de ferro.

Ossos: alguns estudos populacionais têm demonstrado que o consumo de pequenas quantidades de vinho é capaz de melhorar a densidade óssea, reduzindo as chances de osteoporose.

Visão: O vinho reduz a degeneraçao macular, causa comum de cegueira em idosos.

Câncer: A possibilidade de que os antioxidantes presentes no vinho pudessem prevenir alguns tipos de câncer despertou o interesse de muitos pesquisadores em todo o mundo. Alguns estudos populacionais mostram uma redução da mortalidade por doença coronária e por câncer em bebedores comedidos de vinho. Por exemplo, homens que consomem vinho sensato e regularmente têm menos chance de desenvolver Linfoma não – Hodgkin.

Fonte. ABS ( Associação Brasileira de Sommelier). Arthur de Azevedo, Atlas Mundial do Vinho.
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domingo, 6 de maio de 2012

Como Degustar um bom vinho. Primeira parte.


          Degustar um vinho, como qualquer habilidade, uma degustação responsável requer uma combinação de técnica e experiência. Quanto mais você pratica, melhor você se torna.
          Segundo o Enólogo Francês Emile Peynaud, para degustar um vinho é necessário submete-lo aos nossos sentidos, analisando atentamente.
          Nem todos os vinhos merecem ser cuidadosamente analisados. Se você estiver bebendo um Liebfraumilch Alemão (aquele famigerado vinho da garrafa azul) em copos de plasticos, numa festinha sem compromisso, qualquer tentativa de degustação a sério será um esforço perdido e uma atitude esnobe.
          Paredes e mesas brancas para poder apreciar o vinho num ambiente os Degustadores Profissionais preferem uma sala de iluminação natural, livre de odores, o mais neutro possível, tornando a analise mais precisa.
                                                           Exame Visual
          O primeiro passo no exame de um vinho é o visual. Preencha a taça com cerca de 1/3 de sua capacidade e nunca com mais da metade desta capacidade.
          Segure a taça pela base. Isto pode no inicio, parecer embaraçador, más há boas razões para tal: segurar a taça pelo corpo esconde o liquido de sua visão, impressões digitais atrapalham a visão.
          O calor de sua mão, altera a temperatura do vinho.
          Exame Visual  parte 2
                                                                                                                Analise visual:
          Cor, suas nuances;  Intensidade;   Limpidez;  Formação de lágrimas.
          A verdadeira cor, com suas matizes de tonalidades, é melhor julgada inclinando-se a taça, olhando o vinho a partir da borda, observando-se as variações de tonalidades existentes no líquido;
          Ainda com a taça inclinada, aproveite para avaliar o anel periférico. Quanto mais maduro estiver o vinho, mais aquoso será o anel periférico.
Tim tim.